Bullying é um tipo de violência, física e/ou psicológica, caracterizada pela repetição de atos e pelo desequilíbrio de poder entre agressor e vítima.
O agressor tem uma clara intenção de ofensa ao outro e isso parte do pressuposto de que o agressor tem alguma superioridade em relação à vítima.
Existem dois tipos de bullying: direto e indireto. No direto os ataques são abertos à vítima. Podem ser ataques físicos- socos, empurrões, chutes, etc. ou verbais- colocar apelidos, ameaças, insultos, espalhar boatos e fofocas. No indireto o tipo de agressão é mais sutil e, por isso, mais difícil de ser percebido. São casos de alunos que fazem caretas ou gestos obscenos para suas vítimas, que manipulam relacionamentos, isolam e excluem colegas das atividades em grupo.
Há dois tipos de vítimas de bullying nas escolas. As passivas ou submissas e as provocativas. O primeiro tipo são as pessoas mais ansiosas e inseguras. Essas vítimas sofrem de baixa auto-estima e têm uma visão negativa de si mesmas. Quando agredidas, reagem chorando ou se afastando dos agressores. Sentem-se fracassadas e sem nenhum tipo de atrativo que possa conquistar amigos. No caso de meninos as vítimas são aqueles fisicamente mais fracos, que não revidam os ataques.
Ao contrário do que se costuma pensar, alunos com características diferentes como cabelos ruivos, usar óculos, aparelhos ortodônticos ou ter acne não são as vítimas mais freqüentes das agressões.
Uma maneira de prevenir os casos de bullying é criar uma relação de confiança entre supervisores e alunos, pois assim as crianças ficarão mais dispostas para comunicar as agressões.
No Brasil, a Associação Brasileira Multiprofissional de Proteção à Infância e a Adolescência-ABRAPIA, com sede no Rio de Janeiro, é a principal entidade a realizar um programa para diagnosticar e implementar ações para a redução de bullying.
REFERÊNCIA
ALVES, Renato; CUBAS, Viviane de Oliveira, RUOTTI, Caren. Violência na escola: um guia para pais e professores. São Paulo: Andhep, 2006. Cap.5, p. 175-204.
Bullying e o papel da escola
Brigas, ofensas, disseminação de comentários maldosos, agressões físicas e psicológicas, repressão. A escola pode ser palco de todos esses comportamentos. O bullying é derivado do verbo inglês bully que significa usar a superioridade física para intimidar alguém. Os intimidados são geralmente, indivíduos considerados fracos e frágeis, transformados em objetos de diversão e prazer por meio de “brincadeiras” maldosas.
O papel da escola perante a situação de bullying é de conscientizar-se que existe este conflito relacional, sendo assim é preciso desenvolver um olhar mais observador tanto dos professores quanto dos demais profissionais ligados a escola. Deve-se atentar para sinais de violência, procurando neutralizar os agressores, assessorar as vítimas e transformar os espectadores em aliados. Evitar em sala de aula o menosprezo, apelidos ofensivos e rejeição de alunos. Promover debates sobre as várias formas de violência, respeito e a afetividade tendo como foco as relações humanas.
REFERÊNCIA:
SILVA, Geane de Jesus. Bullying: quando a escola não é um paraíso. Disponível em: http://www.pucrs.br/mj/bullying.php Acesso em: 16 mar 2011.
