domingo, 22 de maio de 2011

Violência e seus conceitos


Acredita-se que a origem da violência está ligada a determinações sociais e econômicas. Mas ela também pode ter um fim destrutivo.  Sintomas como brigas, conflitos, agressões físicas e verbais são expressões do homem, mas não significa a violência em si.
A violência em si, ocorre quando há o desejo, a intenção de destruição, por isso o homem precisa de regras para viver, para constituir a sua moral.  Sendo assim, a moralidade nos indica o que é “certo” ou “errado”. Mas, se tratando de crianças, apesar de haver atos violentos presentes na motivação da criança de 0 a 6 anos, não podemos compará-los aos atos dos adultos que já têm uma intencionalidade e conseguem perceber os prováveis danos de suas ações.  Lembramos ainda, que, as crianças não têm o domínio da linguagem. Dessa forma, sua comunicação se dá por expressões e gestos.
A escola, tanto pública quanto particular, está vivenciando hoje um clima de tensão, que a mídia nos apresenta todos os dias. Em tempos passados, a escola era lugar de respeito e o temor era das notas ou aos professores intolerantes.
Medos Contemporâneos de nossas crianças
A educação hoje, se apresenta por ambigüidades. Ao invés dela ser um meio de superarmos os nossos medos, ela pelo contrário, naturalizou-os, deixando as crianças a mercê de tantas coisas, ou seja, o mal se tornou banal em nosso cotidiano.
O medo tem dupla face: adrenalina, relacionada a não prisão do homem ou o mundo sem vida: vivemos numa prisão de ferro, para proteger nossas crianças.
As turmas heterogêneas nas escolas
Os professores se sentem preocupados com tamanhas as diversidades encontradas numa mesma turma, constituindo uma riqueza de culturas, mas também uma dificuldade de manter uma harmonia na turma. Dentre as dificuldades experienciadas, encontramos:
·         Níveis de aquisição;
·         Estilos e ritmos de aprendizagens;
·         Cultura escolar;
·         Motivações por aprender;
·         Possibilidade de aprendizagem.
                                                             
REFERÊNCIAS
BLIN, Jean-François; DEULOFEU, Claire Gallais. Classes Difíceis: ferramentas para prevenir e administrar os problemas escolares. Porto Alegre: Artmed, 2005, p. 73.

LUZ, Iza Rodrigues da; GONÇALVES, Luiz Alberto Oliveira. Agressividade e violência na Educação Infantil. In: GONÇALVES, Luiz Alberto Oliveira; TOSTA, Sandra Pereira.  (Orgs.). A síndrome do medo contemporâneo e a violência na escola. Belo Horizonte: Autêntica Editora, 2008. Cap. 2, p. 65-76.

MARRA, Célia Auxiliadora dos Santos. Violência Escolar: percepção dos atores escolares e a repercussão no cotidiano da escola. São Paulo: Annablume, 2007.

Violência e seus vários tipos

A violência infantil é uma afronta não só à criança, mas também ao ordenamento jurídico brasileiro que prevê em seus dispositivos que ela é sujeito de direitos e como tal deve ser respeitada. Além da Carta Magna, há outras leis infraconstitucionais que dão proteção às crianças e adolescentes.
Trataremos aqui, como violência infantil, todo ato que viola a integridade, dignidade do outro (criança), estando este outro em posição assimétrica, subalterna, inferior na relação de poder. Podemos classificá-la em quatro tipos basicamente.

1)   Violência Física
Uso da força ou atos de omissão praticados pelos pais ou responsáveis, com o objetivo claro ou não de ferir, deixando ou não marcas evidentes. São comuns murros e tapas, agressões com diversos objetos e queimaduras causadas por objetos ou líquidos quentes.

2)   Violência Sexual
Abuso de poder no qual a criança ou adolescente é usado para gratificação sexual de um adulto, sendo induzida ou forçada a práticas sexuais com ou sem violência física.

3)   Violência Psicológica
Rejeição, depreciação, discriminação, desrespeito e punições exageradas são formas comuns desse tipo de agressão, que não deixam marcas visíveis, mas marcam por toda a vida.

4)   Negligência
Quando os pais ou responsáveis falham nos cuidados relacionados à saúde, nutrição, vestimenta, educação, habitação e outros.  Deixando assim de prover as necessidades básicas para seu desenvolvimento.
A violência afeta diretamente o conceito que a criança tem de si mesma e do mundo, afeta as ideias em relação aos objetivos e expectativas de sua vida presente e futura e seu desenvolvimento moral. A criança que é exposta à violência em seus vários tipos de modo intenso e frequente pode  apresentar distúrbios afetivos, agressividade, apatia,ansiedade, depressão, delinqüência, diversas queixas somáticas, dificuldade na aprendizagem, no sono, entre outros.

REFERÊNCIA: